Nos anos 60 e 70 tem algumas incursões teatrais, na escrita e como ator. Sob a direção de Oswaldo Loureiro, trabalhou na peça “A Capital Federal”, de Arthur Azevedo, e em “Feiticeiras de Salém”, contracenando com Mário Lago, entre outras.
Depois de passagem pelos jornais do meio português no Brasil, foi colaborador do suplemento “Idéias”, do Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa e revista “Vozes”. Trabalhou como redator do programa “Portugal sem Passaporte”, exibido na extinta TV Tupi e na TV Bandeirantes (1973-75), programa por duas vezes premiado pela crítica brasileira.
Em 1974, é licenciado em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense. Inicialmente como colaborador, a convite de Millôr Fernandes tornou-se redator de “O Pasquim” (1978-79), assinando à época sob o pseudônimo de “JAAB”. Também trabalhou em diversos programas de rádio no Rio de Janeiro.
Em 1982, regressa a Lisboa na qualidade de correspondente do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Nesse mesmo jornal, durante dez anos e a partir de Portugal, manteve uma coluna diária sobre acontecimentos portugueses e luso-brasileiros.
Ao longo de 20 anos, foi colaborador do “Diário de Notícias”, “Público”, “Jornal de Letras” e “TV Guia”, em Lisboa. Participou freqüentemente de programas da televisão portuguesa – RTP e SIC – na qualidade de comentarista de assuntos internacionais (telejornais e programas de atualidade, como “Acontece”, “Sinais do Tempo” e outros).
Ainda como correspondente da imprensa brasileira, presidiu a “Associação de Imprensa Estrangeira” em Portugal (1987/1989). Foi vice-presidente da Casa do Brasil em Lisboa (1993/1994).
Junto com o embaixador José Aparecido de Oliveira, trabalhou ativamente na construção da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Também por sugestão de Aparecido, elaborou a publicação “Guia Brasil”. Foi criador e diretor da revista “Lusofonia” (1997). Diretor e orientador editorial da Editora Mensagem (Lisboa), de 2000 a 2005.
Regressa uma vez mais ao Rio de Janeiro, em 2006, e retoma atividades na imprensa, especialmente no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
Livros publicados:
“As treze pragas do século XX”, editora Folhetim, Rio de Janeiro, 1976, prefácio de Millôr Fernandes.
“Tira a mãe da boca”, Codecri (editora de “O Pasquim”), Rio de Janeiro, 1980, prefácio de Jô Soares.
“Como passar no vestibular sem fazer força”, editora Marco Zero, Rio de Janeiro, 1988. (*)
“O guia da sobrevivência política”, ilustrações do cartunista português Antônio, editora Pergaminho, Lisboa, 1991.
“Fábulas imorais”, editora Pergaminho, Lisboa, 1995.
“Breviário de assuntos inúteis”, Trinova, Lisboa, 1998.
“O caçador de Étês”, Trinova, Lisboa, 2001.
“Pensamentos & Reflexões”, editora Mensagem, Lisboa, 2002, ilustrações de Casimiro Barreto.
“Fábulas Imorais”, (2ª. Edição), editora Mensagem, Lisboa, 2004), capa de Millôr Fernandes.
“Fundamentalismo para Principiantes”, editora Planeta, Lisboa, 2008.
“Pensamentos e Reflexões” (2ª. edição), Ficções Média, 2008.
“Fábulas Imorais” (3ª. Edição), Gryphus editora, Rio de Janeiro, 2008. Prefácio de José Eduardo Agualusa.
(*) Os três primeiros livros foram publicados sob o pseudônimo de JAAB
Biografias:
“Os olhos da Alma – a Vida de Manuel Madruga”, Trinova, Lisboa, 1999.
“José Aparecido – o Homem que Cravou uma Lança na Lua” Trinova, Lisboa, 1999.
Teatro do autor:
“O Mistério do Queijo Desaparecido”, peça infantil encenada no Clube Ginástico Português do R.de Janeiro, 1973.
“A Funerária”, peça de humor negro, 1980.
“Purpurina’s Bar”, peça irônico-existencial, 2000.
Citações
No imbecil, o espírito sopra em sentido contrário.
O futuro pertence aos museus.
Para se ter medo também é preciso uma boa dose de coragem.
O jornal do barbeiro é a conversa do cliente.
A fama tem asas imaginárias.
A caridade é feita com uma lágrima e meia moeda.
No pinga pinga, a torneira mostra a sua constipação.
O país também é um lugar estrangeiro, apenas um pouco mais familiar.
A vida tem dois caminhos: um que vai e outro que não volta.
Uma boa citação requer excitação.
O pior ódio é o não correspondido.
Há dentro de mim uma pessoa que me persegue e que pensa que sou eu.
Sobre o livro:
Ora... Estou lendo ainda, mais sei que é um livro de contos utilizando como personagens animais parodiando o nosso cotidiano e aplicando lições morais