domingo, 15 de agosto de 2010

Vulto




Um Vulto paira em minha frente
A embriaguez.
Impede-me de distinguir.
Realidade!
Não, mera ilusão.
Já não sei o que vejo.
São só vultos
Sem forma.
Sem dor!

Angenor de Oliveira

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés