quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Surrupiado....

Onde estava?


Um belo texto de

Emil Cioran

Filosofo Romeno radicado na França


A santidade: fruto supremo da enfermidade. Quando se está saudável, parece monstruosa, ininteligível e ridícula. Mas, basta que esse Hamletismo automático chamado doença (ou neurose) reclame seus direitos para que os céus tomem forma e constituam o marco da inquietude. A gente se defende contra a santidade mantendo-se limpo já que ela advem de uma sujeira particular do corpo e da alma. Se o cristianismo tivesse proposto, em lugar do inverificável, a higiene, não encontrariamos em sua história um único santo. Mas cultivou nossas feridas (nossa culpa) e nossa sujeira, uma sujeira intrínseca e fosforescente. A saúde: arma decisiva contra a religião. Inventai o elixir universal e o céu desaparecerá. É inútil seduzir ao homem com outros ideais, sempre serão mais débeis que as enfermidades. Deus é nosso ferrugem, a deterioração insensível de nossa substância. Quando penetra em nós, temos a impressão de elevar-nos, mas baixamos mais e mais e quando chegamos ao fim coroa nossa decadência. "Salvos" para sempre? Superstição sinistra, cancro coberto de auréolas que roe a terra há milênios...”

 

 

 

 






Quanto mais leio: Blogs , Revistas, Livros... Fica em minha mente a frase de um grande pensador -  fisico matematico entre outras coisas - , sujeito esse que era conhecido com Sir Isaac Newton, que dizia :



"Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes."




 


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